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Sair de Casa no Divórcio Faz Perder os Direitos? Entenda de uma Vez por Todas.

Atualizado: 11 de ago.

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Sair de casa no divórcio faz perder os direitos? Entenda de uma vez por todas.

Você já ouviu que quem sai de casa durante o divórcio perde tudo? Essa é uma dúvida muito comum, mas também é um grande mito.

A verdade é que sair de casa não significa perder direitos. Muita gente, (especialmente as mulheres), permanece em relacionamentos desgastantes ou até mesmo abusivos por medo de perder bens, a guarda dos filhos ou a própria segurança jurídica. Mas isso não precisa ser assim.

Neste artigo, vou te explicar — de forma simples e direta — o que acontece quando uma das partes sai do lar conjugal, quais são os riscos e como proteger seus direitos.


Sair de casa no divórcio é abrir mão dos bens?

Não. O simples ato de sair da casa no divórcio, não faz você perder o que é seu por direito.

Se o casamento foi feito no regime de comunhão parcial ou universal de bens, todos os bens adquiridos durante a união pertencem a ambos — e isso não muda só porque alguém saiu de casa. Por exemplo: se o imóvel (ou carro, dinheiro) foi comprado durante o casamento, com o esforço conjunto, ele é um bem comum. Mesmo que você saia de casa, continua tendo direito sobre ele.


Mas e se a outra parte tentar ficar com tudo?

Existe um instituto chamado usucapião familiar, que é quando alguém permanece no imóvel por mais de dois anos ininterruptos, sem que a outra parte tome qualquer providência legal, e preenche alguns requisitos específicos previstos na lei.

Por isso, não demore para agir. Quanto mais tempo passa sem regularizar a separação, maiores são os riscos de perder o controle sobre o patrimônio construído.

Inclusive é muito comum que em casos de separação, a pessoa que detém mais controle sobre o patrimônio comece a dilapida-lo, justamente para tentar fugir da partilha de bens, por isso é sempre bom agir o quanto antes.


E quanto à guarda dos filhos?

Outro medo muito comum é: “se eu sair de casa, perco a guarda das crianças?”

A resposta é: não!.

A guarda não é decidida com base em quem ficou ou saiu de casa, mas sim no melhor interesse da criança. E mesmo que a guarda fique com um dos pais, o outro continuará tendo direito de convivência e, em muitos casos, compartilhando responsabilidades.

Além disso, a saída do lar não apaga o vínculo afetivo ou os deveres com os filhos.


O que você deve fazer ao sair de casa

Se você está pensando em se separar ou já saiu de casa, é importante:

  • Buscar orientação jurídica o quanto antes.

  • Iniciar o processo de dissolução / divórcio o quanto antes, regularizando a partilha de bens, guarda e pensão dos filhos.

  • Não faça acordos verbais ou informais! Você pode ter problemas no futuro e não terá garantia de nada.

Sair de casa não significa perder seus direitos. Mas é fundamental agir com consciência e, de preferência, com acompanhamento jurídico.

Cada caso tem suas particularidades, e o ideal é ter ao seu lado uma advogada de confiança, que entenda a sua situação e te ajude a garantir tudo o que é seu por direito — sem traumas, sem medos e com o amparo da lei.


Se você está vivendo esse momento ou conhece alguém que esteja passando por isso, entre em contato. Posso te ajudar a entender melhor seus direitos e tomar decisões com segurança e tranquilidade.

 
 
 

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